CASINHAS PARA CÃES DE RUA EM SJC

 

Robertinho da Padaria produz e doa casinhas para cães de rua

 

 

Ex-vereador inspira outras pessoas a ajudar animais de rua por meio de projeto 100% filantrópico em São José dos Campos

 

Ao se deparar com a realidade de centenas de cães e gatos que vivem abandonados, expostos à chuva, ao frio e ao calor, o ex-vereador Robertinho da Padaria decidiu tirar do papel, uma lei de sua autoria, a 10.940/2024, e começou a construir casinhas comunitárias para abrigar animais que vivem nas ruas.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que existam mais de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, sendo 20 milhões de cachorros e 10 milhões de gatos. E em São José dos Campos, essa realidade não é diferente. São muitos os animais que vivem nas ruas da cidade.

A Lei do Pet Comunitário aprovada em 2024 permite a instalação de abrigos com comedouros comunitários em áreas públicas e privadas como praças, órgãos, terrenos e empresas públicas e também em frente a residências e terrenos privados desde que não traga transtornos para a vizinhança e tenha autorização do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).

E desde que foi aprovada, a lei do PET Comunitário já está fazendo diferença na vida de muitos animais em São José dos Campos. Em pouco mais de um quatro meses, foram produzidas e doadas 25 casinhas para protetores de animais e tutores comunitários. São 14 unidades na região sul, 8 na leste e 3 no centro.

Segundo Robertinho, para funcionar, os animais devem ser ‘adotados’ afetivamente/provisoriamente por uma pessoa ou um grupo de moradores que moram perto de onde os animais vivem, estabelecendo um vínculo de cuidado.

“Esse projeto deu certo porque a comunidade ‘abraçou’ a lei. Nós ajudamos com os abrigos, mas a população cuida, alimenta, dá carinho e conforto aos animais que muitas vezes não têm um lugar seguro para ficar”.

Segundo ele, até os animais agradecem pelas casinhas. “A reação das pessoas e dos animais ao receberem uma casinha é muito bacana. Alguns cachorros entram na casinha, antes mesmo de terminarmos de instalar. Passo pelos locais para ver o andamento do projeto e sempre encontro os animais dentro das casinhas, se protegendo. É muito gratificante”, conta.

A lei prevê ainda que os animais abrigados podem ser castrados e vacinados pelo poder público. Um cuidado com os animais e com a saúde pública.

O animal também pode ser cadastrado no banco de dados da Prefeitura para divulgação nos portais de comunicação para viabilizar futura adoção responsável.

“O ideal é que cada animal tenha uma família, porque a verdadeira casa de um animal é o seu tutor, mas até que possam ser adotados, nos unimos para cuidar e abrigar”.

Confecção das casinhas

Os materiais para confeccionar as casinhas são adquiridos por meio de doações de empresas parceiras, amigos e familiares. Contribuem com o projeto as empresas Telhas e Calhas Sul, Novo Ambiente, Padaria Flor de Ypê, Mercadinho Brasil Novo e Farma Conde.

Todo o trabalho é pensado e executado por Robertinho e seu cunhado José Aparecido da Costa, o Zezinho, que faz a confecção das casinhas. As casinhas são confeccionadas em madeira, com pintura impermeabilizante e possuem telha térmica para manter o conforto dos animais.

E os pedidos não param de chegar pelas redes sociais. O projeto cresceu tanto que, atualmente, recebe pedidos de ajuda inclusive de outros estados do país.

Parcerias pela causa animal

Pela lei, o poder público pode celebrar convênios e parcerias com entidades de proteção animal e outras organizações não governamentais, universidades, clínicas veterinárias e empresas públicas ou privadas para a confecção das casinhas.

Quem incentivar o projeto por meio de doações de abrigos ou mantimentos para os pets comunitários, pode afixar sua marca na placa de identificação.

Fotos: Arquivo Pessoal/Freepik/Divulgação.

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