Novembro roxo celebra a luta pela vida de bebês prematuros
UTI Neonatal do Hospital Municipal celebra o dia Mundial da Prematuridade.
Tão pequeninos e ao mesmo tempo tão fortes. Os bebezinhos que nascem prematuros enfrentam uma batalha diária na luta pela vida. Os órgãos que ainda não estão completamente formados precisam de suporte para funcionarem bem.
A UTI Neonatal do Hospital Municipal de São José dos Campos é referência no atendimento a bebês prematuros e em atendimentos de alta complexidade.
Raquel Rocha de Jesus é mãe do pequeno Miguel, que nasceu em agosto com apenas 24 semanas. Aos 28 anos, Raquel desenvolveu diabetes gestacional que, apesar de controlada, pode ter influenciado na prematuridade.
Miguel está internado há quase três meses e cada dia é uma conquista diferente. “Estamos há 82 dias e é uma montanha russa de sentimentos porque os prematuros são imprevisíveis, é tudo muito delicado”, afirma.
Miguel ainda necessita da ventilação mecânica e recebe todo suporte necessário na unidade neonatal do HM.
Entre altos e baixos, o acolhimento dos profissionais é o que torna a estadia no hospital mais leve. “Eu falo que Deus prepara até as pessoas e aqui recebi empatia e um carinho muito grande de todos. Fiz amizade com a equipe e com as outras mães que também estão passando pela mesma situação. Uma sente a dor da outra e isso nos une”, conta Raquel.
A cada dia que passa Miguel está mais forte, ganhando peso e se preparando para receber alta. A expectativa é que mãe e filho celebrem o Natal em casa. “Agora eu estou ansiosa para ir pra casa com ele, ficar sem dormir, viver a rotina que toda mãe já conhece, mas pra mim vai ser novidade”.
No HM, mãe e filho podem ficar juntos o tempo todo.
Humanização
A unidade cuida de bebês prematuros, desde os extremos, que nascem com 24 e 25 semanas de gestação, muito antes do período ideal, de 40 semanas. Em média 40 bebês são atendidos por mês.
O foco da equipe é garantir um atendimento cada vez mais humanizado, buscando incluir os pais nessa rotina e os encorajando.
“Nós somos um Hospital amigo da criança, na UTI quando o bebezinho interna, os pais podem acompanhar 24 horas por dia, possuem livre acesso, recebem orientações e participam de todos os cuidados, isso é fundamental para a evolução dos pacientes e tranquilidade da família”, explica Flávia Prudente, coordenadora da Neonatal.
A unidade também conta com o Banco de Leite Humano do Hospital Municipal, que garante o abastecimento para todos os prematuros da UTI Neonatal.
O Hospital Municipal é mantido pela Prefeitura de São José dos Campos e gerenciado pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).
Novembro Roxo
A garra desses pequenos heróis é celebrada no Dia Mundial da Prematuridade, 17 de novembro, e traz à tona uma reflexão sobre os desafios e os cuidados necessários para bebês que nascem antes do tempo.
A partir da noite de sexta-feira (15) e até a noite de domingo (17), o Arco da Inovação, cartão postal de São José dos Campos, permaneceu iluminado com a cor roxa.
No Hospital Municipal, a data está sendo lembrada desde o início de novembro, com a entrada da UTI Neonatal enfeitada com balões, frases e banner.
Equipe da UTI Neonatal garante cuidado, carinho e acolhimento para bebês e família.
Para o domingo, a UTI Neonatal preparou um encontro no Parque da Cidade, às 9h, que teve início com uma caminhada e se encerrará com um piquenique comunitário com as famílias e profissionais do HM e de outros hospitais.
A idealizadora, Sandra Batista, é fonoaudióloga na UTI Neonatal e conta que o primeiro encontro aconteceu em 2019, e surgiu da vontade de encontrar os pequenos que passaram pelo hospital. “A nossa curiosidade era saber como estavam aqueles bebês, muitos já grandes, então reunimos as crianças, as famílias que já passaram por aqui em momento muito gostoso e emocionante”, afirma.
São José reforça importância da vacina contra febre amarela
Os adultos não vacinados que residem em áreas com recomendação da vacina e pessoas que irão viajar para essas áreas devem imunizar-se pelo menos 10 dias antes do deslocamento – Foto: Adenir Britto/PMSJC.
A Prefeitura de São José dos Campos reforça sobre a importância da vacinação contra a febre amarela, principalmente nesta época do ano.
A maior frequência de casos da doença ocorre entre os meses de dezembro e maio, período com maior índice de chuvas, quando aumenta a proliferação do vetor, o que coincide ainda com a maior atividade agrícola. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela.
Em 2024, o Estado de São Paulo confirmou um óbito da doença, em março. O caso foi em um homem, de 50 anos, morador de Águas de Lindóia e que se deslocava também pela região de Monte Sião em Minas Gerais. Além disso, um caso foi identificado na zona rural de Serra Negra, envolvendo um homem de 28 anos, que estava vacinado e se recuperou completamente.
Em São José dos Campos, foram 13 casos confirmados em 2018, sendo que destes, seis pessoas se contaminaram no município. Desde então, não houve mais casos autóctones da doença. Em 2019, houve a confirmação de mais um caso, porém a pessoa se contaminou em outro município.
Vacinação
A vacina contra Febre Amarela faz parte do calendário nacional de imunização para crianças de 9 meses a 4 anos. Atualmente a cobertura vacinal em São José está em 85,49%.
Os adultos não vacinados que residem em áreas com recomendação da vacina contra febre amarela e pessoas que irão viajar para essas áreas devem imunizar-se pelo menos 10 dias antes do deslocamento.
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em caso de dúvida, é importante procurar uma unidade de saúde. Os endereços e horários de funcionamento das unidades estão disponíveis para consulta no site da Prefeitura. A vacinação se encerra uma hora antes do fechamento da unidade.
Febre Amarela
A febre amarela é uma doença causada por um vírus e transmitida ao macaco e ao homem pela picada de um mosquito.
É importante destacar também que os macacos não transmitem Febre Amarela. A infecção se dá por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zona de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades.
Existem dois tipos de febre amarela: a silvestre e a urbana. A diferença das duas é o mosquito que carrega o vírus e o transmite pela picada.
Atualmente no Brasil só existe a febre amarela silvestre, que é transmitida pelos mosquitos que vivem na mata. Porém, temos que ter muito cuidado para a febre amarela não se tornar urbana, eliminando todos os criadouros do mosquito da dengue, porque ele pode também transmitir a febre amarela, caso se contamine com esse vírus.
A febre amarela é de notificação compulsória. Todos os casos suspeitos são investigados e são realizados exames pelo Instituto Adolfo Lutz para confirmar ou descartar o diagnóstico.
Na suspeita de um caso de febre amarela, o Centro de Controle de Zoonoses comparece ao local e faz ação de combate ao mosquito em um raio de 300m ao redor do local de infecção.
Sintomas
Os sintomas iniciais da febre amarela são:
– Início súbito de febre;
– Calafrios;
– Dor de cabeça intensa;
– Dores nas costas;
– Dores no corpo em geral;
– Náuseas e vômitos;
– Fadiga e fraqueza;
– A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.
Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver algumas complicações, como:
– Febre alta;
– Icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos);
– Hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal);
– Eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.