São Bento do Sapucaí recebe o Festival Literatura Brasileira no XXI
O evento faz parte da Festa Literária do Interior Paulista Escritora Eugênia Sereno (FLIPES) que ocorre na cidade.
A Literatura Brasileira contemporânea estará em foco na Festa Literária do Interior Paulista Escritora Eugênia Sereno (FLIPES) – que é uma das etapas do Festival Literatura Brasileira no XXI. O evento é uma ação do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas (SisEB)/Unidade de Difusão Cultural, Bibliotecas e Leitura (UDBL)/Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e é gerenciado pela SP Leituras.
O Festival ocorrerá na Biblioteca Comunitária Escritora Eugênia Sereno, em São Bento do Sapucaí, no dia 28 de setembro, e terá como foco enaltecer a literatura contemporânea na região, com a mesa-redonda “Diálogos de dentro: olhar literário sobre a diversidade”, com mediação de Bibiana Ribeiro, coordenadora Pedagógica e professora de Educação Infantil na Escola Waldorf Canto da Mantiqueira em São Bento do Sapucaí.
A mesa-redonda conta com a participação de Santana Filho, autor de A casa das marionetes, finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2016 na categoria romance do ano; Antônio Xerxenesky, escritor, tradutor, professor e editor, autor dos romances Uma tristeza infinita (2021), vencedor do Prêmio São Paulo, e Vanda Siqueira, Psicóloga Clínica há 40 anos, especialista em Psicodrama e no Combate à Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes pela USP.
“A literatura e as artes em geral sempre funcionaram como canais de expressão e reflexão para as questões humanas sob os mais diferentes aspectos. Com a projeção de certos grupos ditos minoritários (ditos, veja bem), têm-se a oportunidade de conhecer a produção de artistas até há pouco restrita aos núcleos de origem. O incentivo a estas manifestações é fundamental na composição do repertório individual e coletivo, fator de diferenciação de qualquer povo”, diz Santana Filho.
“O Brasil é um país continental, e só recentemente, com a abertura verdadeira para novas vozes, que estamos dando conta de conhecer todos os cantos do país através da literatura. Por outro lado, essa é uma visão utilitarista da arte, como se ela fosse forçada a representar a cor local para fins pedagógicos. Gosto da liberdade de escrever sobre outras experiências que podem ser comparadas à vida no meu canto do Brasil apenas através de analogias ou metáforas”, diz Antônio Xerxenesky.
O Festival apresenta a intervenção artística de Os Macunaíma – ao apostar em uma apresentação cheia de música, o repertório será recheado de canções caipiras, aquém dos batuques de congada, dissonâncias modernas e outros caminhos inusitados que serão despertados pela nossa memória cultural na música brasileira. O show promete ser cheio de vida, informações, histórias, ritmos e levadas.
“Estamos empenhados em tornar a literatura mais acessível e engajadora, visando não somente inspirar uma nova geração de escritores, mas também estimular um amplo espectro de leitores a se envolverem ativamente. Este projeto é um passo crucial nessa direção, refletindo nosso compromisso contínuo com o enriquecimento cultural e intelectual da nossa sociedade,” afirma Marilia Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas.
Com curadoria de Marcos Kirst, o Festival Literatura Brasileira no XXI acontece ao longo do ano em seis cidades: Ribeirão Preto, Jundiaí, São Bento do Sapucaí, Diadema, Lençóis Paulista e Ubarana, que recebeu o evento em agosto. O Festival é integrado a feiras e eventos culturais, constituindo-se de mesas-redondas e atividades artísticas. Todos os convidados – escritores e escritoras – foram finalistas ou vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura em edições anteriores e, ao lado de autores e mediadores locais, apresentarão sua visão e expectativa sobre a literatura que está sendo escrita neste início de século.
“A proposta é interagir com escritores e escritoras premiados ou finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura que estão construindo a nossa literatura contemporânea. Queremos conhecer olhares tão distintos e peculiares sobre a diversidade cultural brasileira e como ela vem se apresentando em suas obras”, diz Marcos Kirst, que complementa “a literatura está viva e independe das plataformas de leitura. Depende de criadores e leitores. O digital é um facilitador para a criação literária, bem como um poderoso meio para conquistar novos públicos”.
O Festival Literatura Brasileira no XXI é uma iniciativa apoiada pelo Ministério da Cultura (MinC) e financiada pela Lei Rouanet, destacando-se como uma plataforma vital para a promoção da literatura e cultura brasileira. O evento conta com o patrocínio de empresas comprometidas com o desenvolvimento cultural, incluindo o Colégio Vital Brazil, Empiricus, OTIS Elevadores, Stima Energia, Velt Partners e Willis Towers Watson. Esses patrocinadores desempenham um papel crucial no sucesso do festival, permitindo uma ampla gama de atividades e eventos que celebram a riqueza da literatura brasileira e estimulam o diálogo criativo e a educação literária no estado de São Paulo.
PROGRAMAÇÃO UBARANA: 28 DE SETEMBRO
17h | Intervenção Artística – Os Macunaíma
- Os Macunaíma em suas apresentações trazem uma breve jornada pela memória da canção brasileira em um show cheio de vida, informação, histórias, ritmos e levadas. O repertório musical passeia pelo universo caipira das cantorias, dos batuques da congada, dissonâncias modernas e outros caminhos inusitados da nossa memória. O espetáculo traz canções autorais e versões de tesouros da canção popular. Os Macunaíma despertam a imaginação da audiência através dos sons e das palavras, com suas estripulias interativas.
17h30 | Mesa-Redonda – Diálogos de Dentro: Olhar Literário sobre a Diversidade
Participantes:
- Santana Filho (SP): Nasceu em Balsas, no interior do Maranhão. Formado em Medicina, é clínico geral e psicoterapeuta. Autor de A casa das marionetes, finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2016 na categoria romance do ano, Flor de algodão, romance semi-finalista do Prêmio Oceanos 2018 e Antônia, seu romance mais recente, todos pela Editora Reformatório. Em 2022 criou o grupo PaLAVRA!, oficina de escrita, leitura e reflexões literárias.
- Antônio Xerxenesky (SP):Nasceu em 1984, em Porto Alegre. É escritor, tradutor, professor e editor, autor dos romances Uma tristeza infinita (2021), vencedor do Prêmio São Paulo, As perguntas (2017) e F (2014), finalista do Prêmio São Paulo. Doutor em Teoria Literária pela USP, traduziu dezenas de livros do espanhol e do inglês. Atualmente trabalha como editor de ficção na Companhia das Letras, onde é responsável pelo selo Penguin-Companhia.
- Vanda Siqueira (São Bento do Sapucaí):Psicóloga Clínica há 40 anos. Especialista em Psicodrama e no Combate a Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes pela USP. Promotora Legal Popular. Mestre em Planejamento Urbano e Regional. Vasta atuação na defesa dos Direitos Humanos de crianças e adolescentes e mulheres. Foi Conselheira Tutelar em Sâo José dos Campos; Presidenta da Fundação Hélio Augusto de Souza-FUNDHAS e Coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres na PMSJC. Neste ano está lançando o livro Jovens do Pinheirinho – vivências e memórias, fruto do seu trabalho de pesquisa para o título de Mestra onde trabalhou com jovens que eram ainda crianças na ocasião da dramática desocupação do Pinheirinho em São José dos Campos – SP (em janeiro de 2012).
- Bibiana Ribeiro (São Bento do Sapucaí):A mediadora é cigana, graduada em Comunicação Social, atuou como produtora de conteúdo em TV e revistas segmentadas. Pedagoga e Pós-graduada em Pedagogia Waldorf. Atua hoje como Coordenadora Pedagógica e professora de Educação Infantil na Escola Waldorf Canto da Mantiqueira em São Bento do Sapucaí. Seu envolvimento e movimento com a educação e arte, também aparece em sua dança. Atua como dançarina representando músicas e textos.
SERVIÇO
Biblioteca Comunitária Escritora Eugênia Sereno
Rua Professor Cortês, 394 – Centro Histórico – Igreja Matriz – Centro, São Bento do Sapucaí.
Data e hora: 28/09 – 17h.
Sem inscrição prévia.
Evento gratuito.
Acessibilidade: Haverá tradução simultânea em Libras.
Você conhece o Paraíso?
Ele tem nome e sobrenome e é São Bento do Sapucaí – SP
Linda por natureza, você vai se surpreender. São caminhos, trilhas, cachoeiras, cultura, gastronomia, a monumental Pedra do Baú… Ah, por onde passa tem cores e sabores. Gostou? Tem muito mais! Hoje vamos falar da Pedra do Baú…
Mona – Pedra do Baú
Em meio à deslumbrante paisagem da Serra da Mantiqueira, um conjunto de rochas se destaca com imponência na Estância Climática São Bento do Sapucaí. Trata-se do complexo rochoso Pedra do Baú, formada pelo Baú e suas “irmãs” Bauzinho e Ana Chata.
O conjunto de rochas é um dos principais atrativos para praticantes de escalada no Brasil, tendo pelo menos 30 vias de escalada, com diversos graus de complexidade técnica, dificuldade, diferentes extensões e altitudes. Para aqueles que curtem um passeio mais tranquilo, tem a opção do Bauzinho, que necessita apenas de uma caminhada para chegar ao topo. Do alto da Pedra, é possível ter uma bela vista da Serra da Mantiqueira, na região da divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Além disso, a Pedra em si é tão evidente na paisagem que chega a ser visível de diversas localidades do Vale do Paraíba, já tendo sido usada como instrumento de navegação geográfica.
Em termos geomorfológicos, podemos dizer que a Pedra do Baú é uma imponente feição que abrange um conjunto de cristas rochosas (denominadas Ana Chata, Bauzinho e Pedra do Baú), com ponto culminante a 1.950 metros de altitude. O monumento é constituído por gnaisses do Complexo Varginha-Guaxupé, com origem datada do período pré-cambriano. Sua evolução geológica está intimamente relacionada aos processos tectônicos e erosivos que se seguiram à ruptura continental, em especial, à origem e a evolução do rift continental do sudeste do Brasil, durante o Paleogeno.
Atualmente, além de ser um monumento geológico, a Pedra do Baú também é um Monumento Natural Estadual (MoNa), dentro de uma Área de Proteção Ambiental – a APA Sapucaí-Mirim. A área é conservada por meio de gestão compartilhada entre a Fundação Florestal (instituição vinculada à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo) e a Prefeitura de São Bento do Sapucaí.
Para a visitação ao Bauzinho não é necessário agendamento prévio; porém, para as pedras Baú e Ana Chata é preciso. Para tal basta acessar o site www.pedradobauu.wixsite.com/my-site-1/agendamentos-bau-1 e preencher os dados solicitados.
Horário de funcionamento: De segunda a domingo e feriados, das 09:00 às 18:00 (entrada até às 18:00 e permanência até às 18:30)
Acesso após às 17:30 com orientação de restrição ao bauzinho, acesso liberado até o Mirante Caramuru.
Taxa: R$18,00 por pessoa
Endereço: Estrada Municipal do Bauzinho, s/n – Acesso pela Rod. Municipal Thomaz Alckmin – Bairro Paiol Grande
Telefone: (12)3971-6110 ou (12)99632-1017
Site para Agendamento: www.pedradobauu.wixsite.com/my-site-1/agendamentos-bau-1
E-mail: meioambiente@saobentodosapucai.sp.gov.br
Uso de drone: somente com autorização via e-mail: mona.pedradobau@fflorestal.sp.gov.br
Acesso limitado para Pets: O Acesso é restrito ao mirante Caramuru (rampa de vôo livre) – Proibido subir o bauzinho com pets
ATRATIVOS
O complexo da Pedra do Baú conta com diversos atrativos, entre trilhas e vias de escalada. O acesso é feito por meio de uma estrada asfaltada que liga os municípios de São Bento do Sapucaí e Campos do Jordão. Para chegar bem próximo ao ponto de onde partem algumas das principais trilhas, percorre-se, de carro, uma estrada não pavimentada de cerca de 6km de extensão até a entrada do Monumento Natural. O local conta com a infraestrutura de banheiros, trailer de alimentação e estacionamento.
A partir do estacionamento, continua-se o caminho a pé até o início das trilhas, totalizando aproximadamente 1.200 metros de percurso. Logo no meio do caminho (a 400 metros) encontra-se o primeiro atrativo: Mirante do Caramuru (Rampa de Voo Livre), que tem uma vista incrível para a Pedra e a cidade de São Bento do Sapucaí, e que com certeza irá render vários cliques. Com mais uma caminhada de 235 metros, a partir do início das trilhas, você chega ao topo do Bauzinho. Do mesmo início das trilhas você acessa o Bauzão (há aprox. 1.790 metros) e a Ana Chata (há aprox. 1.830 metros).
TRILHA DO BAUZINHO
Para quem procura uma trilha de nível fácil, a do Bauzinho é uma boa pedida, podendo ser percorrida inclusive por crianças. A trilha tem extensão de 235 metros e duração de 10 minutos. É um bom local para contemplação e relaxamento. De lá, tem-se uma bela vista de São Bento do Sapucaí e da Pedra do Baú. Quem percorre o caminho em silêncio e com atenção, tem mais chances de avistar pequenos animais ao longo do percurso.
TRILHA DA ANA CHATA
A trilha da Ana Chata já é um pouco mais longa e com maior grau de dificuldade. Sua extensão é de 1.830 metros e leva-se aproximadamente 1 hora para percorrê-la. O acesso ao cume é feito por escadas instaladas na rocha, tendo um pequeno trecho de logo de início através de um túnel de pedras. Essa subida é mais simples que o da Pedra do Baú, com existência de guarda-corpos nos pontos mais íngremes.
TRILHA DO BAÚ
A trilha do Baú, Via Ferrata (Face Norte), tem 1.790 metros de extensão e tem duração de cerca de 1 hora e meia. Só a caminhada até a base da pedra já é considerada difícil, por causa da extensão e do relevo. Chegando até ali, ainda há uma subida até o topo da rocha. Por isso, trata-se de uma opção para trilheiros mais experientes. Da base até o topo da pedra, são 320 degraus da Via Ferrata, que levam o visitante a uma altitude de 1.950 metros. A subida é emocionante. Recomenda-se fortemente a contratação de um instrutor experiente para acompanhar o grupo. Além do uso obrigatório de equipamentos de segurança (cadeirinha de escalada ou similar; capacete para escalada ou similar com ponto de fixação no queixo; conectores tipo mosquetões ou talabartes duplos e auto seguro duplo ou similar).
VOO LIVRE
A Pedra do Baú também conta com uma rampa de voo livre e é uma atividade para quem quer experimentar a sensação de estar voando junto aos pássaros e sobrevoando nossos principais pontos turísticos. Os voos têm início na Rampa de Voo Livre localizada no Mirante do Caramuru, que fica próximo ao Bauzinho, alguns metros após o estacionamento do Monumento Natural Pedra do Baú. A atividade é regulada pelo Clube Pedra do Baú de Voo Livre, sendo uma boa opção para quem gosta da sensação de liberdade e adrenalina. Esse tipo de atividade depende do clima e do vento, portanto antes de ser feito o agendamento será necessário consultar a possibilidade de execução com o instrutor para maior segurança.