DIAGNÓSTICO DE AUTISMO CRESCE 48%

 

Diagnósticos de autismo crescem 48% em um ano, de acordo com o Censo Escolar 2023

 

Crescimento expressivo nos números reflete as mudanças nos critérios de diagnóstico.

 

O Censo Escolar 2023 apontou um aumento de 48% no número de alunos com autismo em apenas um ano. No ensino superior, o crescimento também é expressivo, mais de 6 mil estudantes autistas estavam matriculados em universidades no último ano, um aumento de 500% em relação a 2017. A fonoaudióloga e fundadora do Grupo Interclínicas, Dra. Elisabeth Crepaldi de Almeida, explica os fatores que impulsionam esse crescimento e os reflexos na vida acadêmica e profissional de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

De acordo com os dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), o crescimento de diagnósticos foi exponencial ao longo das décadas: em 1970, 1 em cada 10 mil crianças eram diagnosticadas com autismo; em 1994, esse número passou para 1 em cada 1.000; e, em 2023, chegou a 1 em cada 36 crianças.

Segundo a Dra. Elisabeth, esse aumento expressivo nos diagnósticos pode ser explicado por uma combinação de fatores. “Nos últimos anos, houve uma evolução significativa nos critérios diagnósticos, permitindo a identificação de casos mais leves que antes passavam despercebidos. Além disso, a conscientização da população e a redução do estigma têm levado mais pessoas a procurarem avaliações especializadas”, explica.

Outro ponto destacado pela especialista é sobre a detecção do diagnóstico. “O que tem melhorado são as ferramentas de percepção e não um aumento real na prevalência do autismo e outras neurodivergências. Antes, muitos casos não eram diagnosticados, especialmente aqueles com manifestações mais sutis. Além disso, houve algumas mudanças nas classificações ao longo do tempo, incluindo novos perfis dentro dos transtornos do espectro autista”, ressalta a Dra. Elisabeth.

O impacto do diagnóstico tardio também é um ponto de atenção. Ainda segundo a especialista, a ausência de um diagnóstico precoce pode dificultar o desenvolvimento acadêmico e emocional dos estudantes. “Muitos alunos passam anos enfrentando desafios sem compreender suas dificuldades, o que pode levar a problemas emocionais como ansiedade e baixa autoestima. Com um diagnóstico adequado, é possível oferecer suporte e adaptações que favorecem a aprendizagem e o bem-estar do estudante”.

Nas universidades, o aumento do número de diagnósticos também tem relação com as políticas de inclusão. “Ambientes mais acolhedores e o acesso a serviços de apoio psicopedagógico facilitam a identificação de estudantes neurodivergentes. Esse movimento é essencial para garantir uma educação mais equitativa e oportunidades reais para todos”, conclui a especialista.

Sobre o Grupo Interclínicas

A Interclínicas é referência em cuidado especializado e humanizado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras condições. Com uma abordagem centrada na família, a clínica oferece serviços integrados que promovem bem-estar, desenvolvimento e inclusão. Ao todo, são seis unidades pelo Brasil. Para mais informações, acesse https://interclinicasautismo.com.br/

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