Menino que nasceu prematuro visita a UTI neonatal do HM
Miguel observa bebê na incubadora: menino pediu para ver como ele era quando nasceu – Foto: PMSJC.
O menino Miguel Medeiros de Lima vai fazer 8 anos em abril. Na sexta-feira (26), ele visitou o Hospital Municipal para ver de perto como começou a história da vida dele.
Voltar ao hospital, agora “mocinho”, tinha uma razão. A mãe, Shirlene, conta com frequência para o filho que ele nasceu no Hospital da Vila e permaneceu na UTI noeonatal e na pediatria os primeiros 4 meses e 12 dias de vida. Na conversa, ela sempre mostra fotos desse período para o menino.
Miguel estava ansioso. Ele queria ver os bebês pequeninos, como ele foi. Shirlene solicitou a visita e queria aproveitar para dar um testemunho de esperança às mães de prematuros que podem estar enfrentando internações longas e momentos difíceis. E o encontro aconteceu, na UTI neonatal e na pediatria.
“Não é fácil passar por isso, parecia que a vida não ia voltar ao normal. Foram dias de conquistas e de tristeza pela gravidade da situação. Mas quero dizer às mães que isso passa e a recompensa vem, que tenham esperança e força”, disse.
A luta de Miguel foi grande. Ele nasceu prematuro extremo, com 26 semanas de gestação, pesando 765 gramas. “Com 15 dias, ele teve que ser submetido a uma cirurgia cardíaca, e depois a uma traqueostomia”, afirmou Shirlene.
Emoção
A visita do menino comoveu médicos e enfermeiros. Muitos reconheceram Shirlene e se admiraram de ver como Miguel está crescido. Ele se deixou paparicar por todos que se aproximaram, recebeu colo, partilhou abraços e sorriu muito.
“Foi uma emoção ver o Miguel, deu uma sensação de dever cumprido, ver que ele fez parte de nossas vidas e nós da vida dele é muito gratificante”, disse Mônica Oliveira, técnica de enfermagem. Ela também cuidou do menino e é uma das pessoas que aparecem nas fotos da família, feitas há 8 anos.
Na UTI neonatal foi a vez de Miguel realizar o sonho de ver os bebezinhos prematuros. Ele quis passar perto de todas as incubadoras para olhar. Em alguns momentos, pediu o colo de Shirlene para ver melhor. “Eu era assim pequenininho, né”, perguntava para a mãe.
Shirlene participou da reunião do grupo Laços, que ocorre toda sexta-feira na UTI neonatal, para tirar dúvidas das mães de prematuros e dar suporte emocional para elas.
Ela contou ao grupo as dificuldades e as dúvidas que tinha na época e explicou como foi importante acreditar nos médicos e enfermeiros, que transmitiam força e carinho que consolava nos dias difíceis.
O Hospital Municipal é mantido pela Prefeitura de São José dos Campos e gerenciado pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).