HOMENAGEM REGINALDO POETA GOMES

 

Muitas emoções no Sarau na Ciranda de Poesia em São José dos Campos

 

A emoção tomou conta da família e amigos no dia 6 de julho na homenagem ao Poeta Reginaldo Gomes na Ciranda de Poesia na Cia Cultural Bola de Meia. Paraibano, poeta e corinthiano, viveu apenas 49 anos, mas foi o suficiente para espalhar amor e poemas por todos os cantos que andou. Seus poemas foram musicados e contemplados em diversas antologias poéticas.
Pai de Cainã e Brisa, foi casado com Zenilda Lua, escritora e parceira de projetos literários. Lançou 3 livros autorais e em parceria com amigos e foi contemplado em diversas antologias. Neste mês foi celebrado 10 anos de saudade pela sua partida, após um ano de luta contra o câncer e, também o seu aniversário. Seu legado permanece vivo e festivo, assim como foi sua brilhante existência. Intervenções poéticas e musical com Poeta Moraes, Brisa Almeida, Cia Bola de Meia, Carlos Abranches, Gabriel Amaral, Pedro Palma, Miriam Cris, Oswaldo Jr, Wallace Puosso, Zenilda Lua e muitos outros abrilhantaram a festa que terminou com música, dança e bolinho caipira, entre muita animação, assim como ele gostava.

Foram momentos emocionantes, mas um dos principais momentos que vale destacar, a participação inicial da sua filha Brisa Almeida.

“O Poeta Reginaldo Gomes que há 10 anos nos deixou se transformando em mais uma estrela numa vasta constelação de poetas. Esse tributo contou com a presença de músicos, poetas, amigos, pessoas das artes e o público em geral. Foi uma noite memorável cujos participantes deram o seu testemunho quanto às preferências musicais, poéticas e, sobretudo dos momentos que marcaram profundamente suas relações com o poeta. A vida de Reginaldo se confunde com a poesia. Sua marca registrada era a paixão pela família, os amigos e a arte. Deixou um legado poético alicerçado no lirismo e na subjetividade dos seus versos. Como ele mesmo dizia: tudo pra mim é poesia, inclusive uma noite mal resolvida insistindo em ser dia. Salve a poesia. Salve Reginaldo Poeta Gomes”. Zenilda Lua Gomes, esposa.

 

 

“A poesia de Réginaldo nos invade de tal maneira que, se paramos a leitura, talvez tenhamos interrompido um verdadeiro orgasmo; e tudo parece que ficou pela metade, mal feito, por dizer, indefinido. Como se o tempo perdesse a identidade, ou como qualquer coisa que possa ser contrária à vontade de suas palavras: nos tornar seres humanos melhores em tudo, conscientes do valor inestimável da vida.
Também pudera! Nosso poeta/patrimônio tem a Lua só para ele; privilégio que faz com que seus olhos nunca percam de vista o lirismo intrínseco e luminoso daquela que compartilha do mesmo brilho que lhe é ofertado e refletido, para ouvir a materialização sonora da sua verve literária, para ser sua musa, sua cúmplice, sua mulher e razão de sua vida, responsável pelos bilhões de polens que espalha por onde anda, em quem conversa, sem poupar-nos de sua oferenda infinda.
Como havia dito, voltei assim para casa. Com a certeza de que viver vale a pena, de que a poesia pode ser o remédio para a alma, para restaurar um “sorriso quebrado”, para recolher e colar os cacos da vida depois de uma paixão espatifada; ou para simplesmente observar a avenida agitada, aquelas pessoas apressadas que não se dão conta de que precisam de polens, os mesmos que numa simbiose perfeita se misturam e se originam da poesia deste ser humano lindo, deste menino iluminado: nosso Réginaldo Poeta Gomes!” Nilson Ares, ao final da festa de lançamento do livro “O Encontro Mágico do Pólen”, em 2009.

Fotos: Roberto Matias/Revista A Hora da Verdade.

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