Cobertura da vacina BCG no Brasil atinge 75,3% neste ano
Nesta segunda-feira se celebra o Dia da Vacina BCG.
Nos seis primeiros meses de 2024, 75,3% das crianças com menos de um ano de idade receberam a vacina BCG em todo o país. Usado para a prevenção das formas mais graves da tuberculose, o imunizante é um dos primeiros a serem aplicados nos recém-nascidos brasileiros.
Em todo o ano de 2023, a cobertura vacinal do imunizante foi de 79,1%, segundo dados preliminares do Ministério da Saúde. O dia 1º de julho é considerado o Dia da Vacina BCG. A data remete à criação do imunizante, em 1921, pelos cientistas franceses Léon Calmette e Alphonse Guérin.
“Desde o início de 2023, uma série de ações vem sendo realizadas para reforçar a cultura de vacinação no país, com destaque para a estratégia de microplanejamento, recomendada pela OMS, que consiste em diversas atividades com foco na realidade local”, explica o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos países onde a tuberculose é frequente e a vacina integra o programa de vacinação infantil, mais de 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa são evitados.
Vacina
A vacina deve ser aplicada o mais precocemente possível logo após o nascimento em bebês com mais de dois quilos. Caso não seja possível administrar ainda na maternidade, a vacinação deve ocorrer na primeira ida à Unidade Básica de Saúde (UBS). Depois da aplicação, a reação começa com uma mancha vermelha que evolui para uma pequena ferida e, por fim, vira uma cicatriz.
A tuberculose é transmitida pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, mais conhecida como bacilo de Koch. Além de atingir os pulmões, os ossos, rins e meninges também são afetados. Os principais sintomas são tosse – que pode conter sangue, falta de ar, dor no peito, fraqueza, perda de peso, febre e sudorese ao final do dia. (Fonte e foto: Agência Brasil/EBC agenciabrasil.ebc.com.br).
Governo de SP conscientiza sobre a importância da vacina BCG
Imunização previne contra formas graves de tuberculose e a administração é obrigatória para recém-nascidos
Em 1º de julho, é celebrado o Dia da Vacina BCG, principal forma de proteção contra quadros graves da tuberculose. Desde 1976, conforme o Ministério da Saúde (MS), é obrigatória a administração do imunizante às crianças, desde o nascimento até menores de 15 anos.
Devido a situação epidemiológica da tuberculose no Brasil, a recomendação é que a vacina seja administrada ainda na maternidade. O imunizante é aplicado rigorosamente pela via intradérmica no braço direito, em dose única, e também é disponibilizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para pessoas que convivem com portadores de hanseníase.
No município de São Paulo, desde 6 de novembro de 2020, foi instituída a obrigatoriedade da vacinação com a vacina BCG de todos os nascidos vivos, com peso a partir de 2 kg, antes da alta hospitalar, nas maternidades, centros e casas de parto e outras instituições que realizam parto na sua rotina de trabalho, na rede pública ou privada.
A diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), Tatiana Lang, explica que o organismo de um recém-nascido não possui as defesas necessárias para combater vírus e bactérias, como a bactéria da tuberculose, por isso a vacinação é fundamental para criar anticorpos. “A imunização diminui riscos de meningite tuberculosa, por exemplo, e possibilita um crescimento saudável. A tuberculose ainda é um problema de saúde pública e as crianças sem proteção podem ser infectadas”, alerta a especialista.
No estado, a cobertura vacinal de BCG deste ano, até o mês de abril, alcançou 68,8%, de acordo com os dados do CVE. Em todo o ano de 2023, a cobertura foi de 68,8%.
Sintomas e transmissão
A tuberculose é uma doença grave que pode afetar não apenas os pulmões, mas também os ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Tosse por 3 semanas ou mais, falta de ar, dores no peito, fraqueza, febre e perda de peso são alguns dos sintomas da doença.
Indivíduos com o sistema imunológico frágil, como no caso de bebês, têm mais chances de serem acometidos pela tuberculose, sobretudo, em quadro grave e generalizado da doença.
A transmissão da tuberculose acontece por via respiratória, pela eliminação de gotículas de saliva ao tossir, falar ou espirrar de uma pessoa com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), sem tratamento.
Dúvidas sobre a vacinação?
O Governo de São Paulo, por meio da SES-SP, criou o portal “Vacina 100 Dúvidas” com as perguntas mais frequentes sobre vacinação nos buscadores da internet. A plataforma esclarece questões como efeitos colaterais, eficácia das vacinas, doenças imunopreveníveis e quais os perigos ao não se imunizar. O acesso está disponível no link: https://www.vacina100duvidas.sp.gov.br/